Ainda considerado um tabu, o suicídio vem sendo amplamente debatido em todo o mundo. Não apenas pelos governos e organizações não-governamentais, mas sim no meio médico e educacional. As discussões têm como objetivo a redução dos números, e em consequência, salvar vidas. E, em especial neste mês, é feita a campanha Setembro Amarelo, que vem para reforçar a prevenção ao suicídio. Em todo o mundo são desenvolvidas ações para sensibilizar a população e os profissionais da educação para reconhecimento de sinais de risco e acesso ao auxílio psicossocial.
Em Goiânia, o CESAM realizou o VIII Ciclo de Palestras – Formando Adolescentes e Jovens, nos dias 17 a 20 de setembro, onde abordou temas de grande necessidade e relevância social.
As palestras foram ministradas por equipe de 22 voluntários do Cesam, que são profissionais competentes e com ampla experiência na área de atuação sobre os temas abordados.
O tema principal do ciclo de palestras foi “Setembro Amarelo: Falar é a melhor solução!”, que priorizou dar atenção e voz aos jovens e adolescentes. “É preciso entender os motivos e lidar com o fato que preocupa pais e educadores”, explica Vanessa dos Santos Silva Rodrigues, supervisora do Programa de Aprendizagem do Cesam.
Os dados em relação ao suicídio no Brasil tem preocupado o Ministério da Saúde que, segundo as estatísticas, a cada 45 minutos um brasileiro morre vítima do suicídio. O suicídio tem aumentado gradativamente no Brasil entre 2000 e 2016: foi de 6.780 para 11.736, uma alta de 73% nesse período. As maiores taxas de crescimento foram registradas entre jovens e idosos, do acordo com o Ministério da Saúde.
Esse aumento, principalmente entre os jovens, é um alerta para os pais e educadores. A intenção do ciclo de debates do Cesam é questionar sobre como lidar com o tema. “Pois há questões especiais às quais é preciso estar atento, já que adolescentes enfrentam dilemas próprios relacionados ao amadurecimento e ao futuro”, reforça Vanessa.
Outros assuntos como Trânsito Seguro: Compromisso e Cidadania; Identidades culturais e relações raciais; Mundo Digital, Vícios tecnológicos e a Produtividade e Segurança Alimentar e Nutricional também foram debatidos durante a semana.